segunda-feira, 2 de abril de 2012

Leituras avulsas (Renata Lima)


Inicialmente, me perguntei se abria um novo tópico ou se encaixava as leituras avulsas das últimas semanas em tópicos já existentes, como o tópico do Harlan Coben para resenhar o livro "Quando ela se foi". Na dúvida, achei melhor abrir outro post e, se assim não agradar, encaixá-los em outros tópicos. Vamos nessa:

Nossa avaliação - 8.5
"Quando ela se foi" de Harlan Coben é um livro um tanto complicado de se resenhar sem colocar spoiler. A nova história de Myron Bolitar nos leva pelas ruas de Londres e Paris quando Bolitar se une a Terese, uma antiga amante com quem não falava há muitos anos. Depois de se envolver em uma briga nos EUA, Bolitar foge para Paris e encontra Terese devastada com a morte do ex-marido e confusa sem saber qual era o segredo que o falecido queria lhe contar, segredo esse que também a levou a Paris.
Sou suspeita para comentar. Tenho gostado cada vez mais dos livros de Harlan Coben e do personagem Myron Bolitar e seu melhor amigo Win. O livro traz o pacote que vem atrelado ao nome de Coben: mistério, suspense, romance, várias reviravoltas e muita ação. Mas dessa vez acho que tantas reviravoltas me deixaram um pouco confusa. Não é que o livro seja ruim, não é, mas na tentativa de dar uma explicação razoável para todo o mistério, Coben deu a volta ao mundo, envolveu desde a máfia à empresas de criogenia e acabou mais confundindo do que explicando. Claro, a gente entende tudo, mas de alguma forma, o final não desce. Ou se desce, desce com aquele bolo na garganta, que a gente aos poucos vai empurrando, empurrando e até pede um copo d'água para ajudar.
No mais o livro não peca em nada, e garante, além de ação, ótimas gargalhadas, já que Bolitar e Win encontram personagens tão engraçados quanto os dois para as discussões mais hilárias que já li em um livro que não fosse de comédia (e não leio livros de comédia, diga-se de passagem). Para quem gosta do estilo Harlan Coben de escrever, não há decepção, só um final confuso, mas vale a pena se avaliarmos o livro como um todo.
Ah, e eu adorei a capa do livro com Paris ao fundo no pôr do sol, mas sou suspeita, porque me apaixonei por Paris.

"Jogos Vorazes" já foi resenhado pela Carla, mas eu queria dar a minha opinião, que é um pouco diferente da dela. O livro é bom sim, dei nota 4 no skoob, mas eu demorei um pouco para pegar o ritmo da história.
Ele é dividido em três partes "Os Tributos", "Os Jogos" e "O Vitorioso". A primeira parte para mim foi bem chata e demorou mais do que deveria. Claro, foi fundamental pra entender a dinâmica entre os personagens e nos apresentar ao Distrito 12 e todas as suas dificuldades, mas ainda sim achei uma enrolação sem fim. A segunda e a terceira partes são ótimas.
Ainda não vi o filme, mas pretendo assistir logo e aí coloco a minha opinião aqui nesse mesmo post. Quer saber mais sobre a história, sobre os tributos e conhecer uma opinião diferente sobre o livro? Dá uma olhada na resenha completa da trilogia de Jogos Vorazes que a Carla fez aqui.
Nossa avaliação - 7.0
"Coma" foi o livro que revelou Robin Cook em 1977, aos 37 anos de idade. Seu primeiro livro, ""Year of the intern", publicado em 1972, não teve boa receptividade. De lá para cá, Cook já publicou mais de 30 livros, são eles: Esfinge (1979), Cérebro (1981), Febre (1982), Médico ou Semideus (1983), Servidão Mental (1985), Vírus (1987), Medo Mortal (1988), Mutação (1989), Erro Médico (1990), Sinais Vitais (1991), Cego (1992), Terminal (1993), Cura Fatal (1994), Risco Calculado (1994), Contágio (1995), Cromossomo 6 (1997), Invasão (1997), Toxina (1998), Vetor (1999), Abduzidos (2000), Choque (2001), Convulsão (2003), Marcador (2005), Crise (2006), Estado Crítico (2007), Corpo Estranho (2008), Intervenção (2009), Cura (2010) e Death Benefit (2011).
Quando peguei esse livro no sebo, recomendação de nosso querido Flávio, tinha uma ideia muito diferente do que seria. Pensei que a pessoa em coma narraria um livro onde pudesse ouvir tudo à sua volta, nunca imaginei que seria de uma perspectiva técnica e medico-investigativa.
Chegando em casa, olhei algumas resenhas e vi que as capas de todas as edições - brasileiras e estrangeiras - eram bem parecidas e, diga-se de passagem, bem feias, mostrando um corpo pendurado cheio de fios conectados a ele. Entendi a motivação, mas me deu a sensação de que seria um suspense muito ruim, mas acabei me surpreendendo.
O livro conta a história de Susan Wheeler, uma estudante de medicina que encara a residência em um ambiente declaradamente machista, o Memorial Hospital. Pacientes que entraram em coma após cirurgias de rotina intrigam a jovem e ela passa a investigar o motivo dos comas com a ajuda de Mark, que deveria ser seu supervisor, mas acaba parecendo mais seu aluno.
Apesar de bem estruturada e verossímil dentro do contexto do livro, a mocinha é praticamente uma super heroína. Normalmente ninguém iria tão fundo em uma história onde não há familiares, amantes ou amigos envolvidos. Ela flertou com um dos pacientes que entra em coma, ok, mas não soa verdadeiro que alguém arrisque a própria vida para descobrir o motivo do coma de desconhecidos, sendo ela apenas uma estudante, colocando também em risco sua permanência no hospital.
A parte boa do livro é que, como Robin Cook é o pioneiro no thriller médico (lembrando que thriller é qualquer obra que tenha crime, espionagem e suspense, e não terror propriamente dito), ele sabe exatamente como introduzir uma linguagem técnica sem deixar o livro confuso e limitado. Tudo é tão bem explicado e bem amarrado, que é impossível se perder no meio do jargão. Robin Cook é publicado no Brasil pela Editora Record e já está disponível na versão vira-vira da Saraiva. Só vi Contágio/Toxina, busquei na internet, mas não encontrei outros.

Fiquem com mais capas horrendas de "Coma":

5 comentários:

  1. Apesar de a primeira parte de JV ser realmente meio parada, para mim ela é bem mais interessante. Acho que sou a única pessoa que acha as cenas na arena um pouco chatinhas... com a Katniss narrando, estava óbvio que ela sairia de lá, então essa tensão meio que se perdeu. O que realmente me prendia era as duas caras do Peeta, que depois que soubemos a verdade, perdeu a graça...

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  2. KKKKK tadinho do Peeta! Vou tentar ler o "Em Chamas" logo. Estou ansiosa pelo desenrolar dela com o Gale.

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  3. Legal. Estou lendo "O Xango de Baker Street" que a Carlinha me emprestou para voltar e ler o "Jogada Mortal" de Harlan Coben. Achei super envolvente a forma como ele escreve e nos prende.
    Ah, depois te empresto o livro. Bjnhs

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  4. Queria ler Jogos Vorazes, já te falei né? ACHEI UM PDF horrível, sem condição de ler. Já vi o filme e opa! Não agradou a minha expectativa. mimimi

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    1. Tava rolando um pdf bom de Jogos Vorazes no twitter lá do pessoal. Agora não me lembro quem twittou.
      Eu achei o livro bom, mas não achei espetacular!

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