segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Isabel Allende para baixinhos (Carla Cristina Ferreira)


Já falamos anteriormente de Isabel Allende sobre “A Casa dos Espíritos” e “Zorro”, duas obras completamente diferentes não apenas no tema, como também em sua estrutura narrativa. A primeira é um pouco monótona e a segunda cheia de ação, e foi com base na segunda que fui à caça de novas obras da autora e descobri que ela escreveu uma trilogia infantil. Alguém alguma vez pensou em Allende escrevendo livros infantis? Eu com certeza, não.

Como não sabia o que esperar, comprei apenas o primeiro volume, intitulado “A Cidade das Feras”, publicado em 2004 pela Bertrand Brasil. Com o subtítulo “As aventuras da águia e do jaguar”, o livro narra a aventura de Alex Cold, um rapaz de 15 anos, americano que vai passar uns dias com a avó paterna, enquanto sua mãe é submetida a um tratamento quimioterápico.

Nossa Avaliação - 7.5
A aventura começa quando Alex, inconformado em ficar com a avó Kate Cold, uma excêntrica senhora de 60 anos que viaja pelo mundo a fora escrevendo artigos para a revista International Geographic (muito criativo, né?), precisa ir – nada mais, nada menos – que para à Amazônia. O problema é que Kate possui um método muito ortodoxo de educar seu neto: nada de beijos e abraços e sim lições úteis que o ajude de maneira prática a resolver um problema, como jogá-lo na piscina aos quatro anos para aprender a nadar e trancá-lo em um carro fechado fumando charuto para ensiná-lo sobre os males do tabagismo. Imagina o desespero de Alex ao descobrir que teria que ir para o meio da selva habitada por índios e animais selvagens, junto com a avó?

O objetivo da expedição é encontrar uma lendária criatura conhecida como A Fera (um parente dos trópicos do Abominável Homem das Neves) que vem aterrorizando os habitantes da região. No meio de um cenário mágico como a Floresta Amazônica, Alex conhecerá Nádia, uma menina de nove anos que conhece a língua dos índios e dos animais e embarcarão juntos em uma grande aventura que envolverá inclusive a lenda de Eldorado e da fonte da juventude.

Qual o diferencial da história? É que apesar de ser infantil trata de assuntos que estão em pauta até hoje como a conversão dos índios ao cristianismo; a forma como são expulsos de suas terras, para que o homem branco possa explorar jazidas de pedras preciosas; o descaso com os animais silvestres; e a corrupção que toma conta daqueles que seriam os responsáveis por zelar para que as leis de preservação e proteção fossem cumpridas.

Fui recompensada com uma história leve, mas interessante e que me deixou com um gostinho de quero mais. Agora é hora de ir à busca de “O Reino do Dragão de Ouro” e “A Floresta dos Pigmeus”.

3 comentários:

  1. Parece muito interessante. Quem sabe eu não pegue um dia pra ler. Minha lista tá gigantesca. :)

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  2. A linguagem deve ser tranquila por se tratar de um ivro infantil.
    Quero ler! Ai meu Deus, mais um para a listinha.
    Bjnhs

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