quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Fechando a tampa de 50 tons (Carla Cristina Ferreira)



Chegou a hora de fechar de vez a trilogia de “Cinquenta Tons” (graças a Deus, porque eu já não estava aguentando mais!).

Apesar de ter achado o primeiro livro “Cinquenta Tons de Cinza” chato, sem história e nem um pouco envolvente, o segundo livro “Cinquenta Tons Mais Escuros” teve uma trama mais interessante e chamou a minha atenção, já que não focava tanto em sexo. Mas o terceiro livro, “Cinquenta Tons de Liberdade”... realmente me senti livre para deixar a leitura entediante de completamente de lado.

Nossa avaliação - 5.0
Engraçado como um autor às vezes não percebe que é um erro continuar com uma saga, só porque teve uma ‘sacada’ que deu certo. No caso de E. L. James fiquei me perguntando (enquanto lia “tons de cinza”) como ela iria desenvolver a história para escrever três livros de 500 páginas. O primeiro livro foi previsível, apesar das cenas quentes, que confesso chamaram minha atenção. O segundo teve sua relevância para explicar fatos que não haviam sido abordados antes, com relação ao passado de Christian. Mas o último foi uma completa encheção de linguiça.

O meu maior problema com a série é que todos os problemas entre Christian e Ana nunca são realmente resolvidos, pois sempre são deixados de lado e toda a frustração, raiva e angústia que sentem por si mesmo ou um pelo outro são "resolvidos" através do sexo. Venhamos e convenhamos, por mais libertador que uma transa seja, os problemas não são resolvidos assim. Eles persistem e acho que essa é uma das razões de não existir uma verdadeira evolução no relacionamento do Sr. e da Sra. Grey, já que todas as brigas e discussões giram em torno dos mesmos temas: a insegurança e a necessidade de controle excessivo de Grey.

Para uma mulher que no primeiro livro não conseguia entender como alguém poderia se sujeitar a uma relação de submissão, eu poderia dizer que Ana teve um fenomenal caso de regressão durante os livros, pois ela acabou sendo exatamente aquilo que o seu dominador sempre quis, com alguns poucos lapsos de autopreservação.

Acho que acima de tudo o que mais me tira do sério é que por mais que Ana não queira ser submissa ao Christian, ela está sempre implorando para ele deixá-la gozar; chega a ser enervante tanto “por favor”.

A trama em “Tons de Liberdade” é ainda mais fraca do que no primeiro volume. Desnecessário todas as lembranças de lua de mel, todas as cenas de sexo e todas as briguinhas infantis. Talvez a única cena que valha seja a previsível reação intempestiva de Christian quanto à novidade de Ana.

Gia Matteo, a viagem à Aspen, boate, acidente de carro, sequestro?? Tudo supérfluo. Alguém realmente acreditou nessa história para boi dormir do Jack Hyde? Socorro, né? 

Eu sei que muita gente amou a série, o Christian e as cenas quentes, mas sinceramente o livro é muito mais vazio do que “Crepúsculo”. POR FAVOR, NÃO ME XINGUEM! KKKKK 

Quero deixar bem claro que não tenho nada contra o personagem Christian Grey; afinal de contas quem não deseja um homem como ele: lindo, rico, gostoso e insaciável? Mas para uma amante de livros como sou, ficou faltando muita história aí. Tem muito livro com cenas quentes de sexo, mas como uma trama muito mais interessante e se a pessoa só está interessada em sexo é só comprar um exemplar de Bianca, Sabrina ou Júlia em qualquer banca de jornal.

Isso sem contar que o livro é muito mal escrito, seja em inglês ou em português! Inclusive algumas cenas são tão desconexas... sem nenhuma coesão entre os diálogos. Vamos combinar que até Stephen King (que eu não curto) é muito melhor!

Desculpem, mas é a minha opinião. Não gostei do livro e pronto.



5 comentários:

  1. Ai ai ai! Eu gostei da trilogia. Embora concorde que foi uma enxeção de linguiça mesmo. Poderia ter se resumido tudo em 1 livro apenas. Quanto à história, achei um pouco fraca, mas gostei.
    É lógico que nada se compara aos livros de Suzanne Collins, Chelsea Cain, Harlan Bolitar...
    Mas recomendo para uma leitura excitante e light.

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    1. Sem contar George R. R. Martins, Colleen Houck, Anne Rice, André Vianco... nem chegam aos pés...

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  2. Olha, eu PENEI pra acabar esse livro. Muita enrolação, muitas cenas que se estendiam muito além do necessário. Acho que se eu fosse a editora dela, cortaria esse livro pela metade.
    Sinceramente, um porre.
    Christian Grey é tudo de bom, mas Anastacia devia ter morrido no final. Vai ser chata assim lá longe.

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  3. Realmente o terceiro livro é meio desconexo, principalmente na parte da troca de emails em datas espaçadas sem enredo entre eles. Fiquei mais interessada em ler o final "tons de Christian", ainda mais que parece que o mesmo é apenas um capítulo de uma continuação a ser lançada. Já pesquisei e vi que outra autora escreveu um livro focando a perspectiva de Gray. Sabem dizer se a E.L.James escreveu algo ligado à trilogia que continua a história do final do terceiro livro? Na verdade fiquei curiosa sobre essa narração feita pelo Christian, e imaginei que ela o faria no mínimo até o capitulo em que a Anastácio i abandona.

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    1. Kristin,
      Existe um boato, ainda não confirmado pela autora, de que ela estaria escrevendo um livro que englobaria os 3 livros só que na visão do Christian. Por enquanto nada foi confirmado pela autora, pelo que eu soube! Em abril do ano passado saiu essa notícia no The Week: http://www.theweek.co.uk/books/fifty-shades/47398/el-james-plans-rewrite-fifty-shades-greys-perspective
      E em Janeiro desse ano, saiu a seguinte matéria no O Globo: http://oglobo.globo.com/cultura/el-james-diz-que-seu-proximo-livro-sera-bem-menos-erotico-7688993

      Beijos

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