Tinha tudo para me fazer chorar, mas... (Renata Lima)

Como diz a Carla, eu gosto de uma tortura, então vamos a mais um livro-tortura do Mestre das Lágrimas sr. Nicholas Sparks. Esse livro eu ganhei de aniversário, li em uma semana e troquei por outro que ainda não acabei ler (para falar a verdade, nem comecei a ler porque tenho que ler "O Talismã" antes) chamado "A Casa Negra" de Stephen King & Peter Straub.

Nossa Avaliação - 6.0

"O Melhor de Mim" conta a história de Amanda Collier e Dawson Cole. Apaixonados na época do colégio, Amanda e Dawson viveram uma romântica história de amor interrompida por conta do  preconceito social da família de Amanda e da brutalidade da família de Dawson, que, vindo de uma família de criminosos, ladrões e espancadores, é acolhido por Tuck.

Por pressão dos pais, Amanda deixa a cidade e pouco tempo depois Dawson é preso por homicídio culposo (onde não há a intenção de matar). Como os pais de Amanda continuam morando na cidade, ela volta de tempos em tempos e passa a visitar Tuck a cada volta à cidade.

O tempo passa, Amanda se casa e tem quatro filhos e Dawson, depois de solto, passa a trabalhar embarcado em uma plataforma de petróleo. Mas vinte e cinco anos depois da última vez que se vira, os dois precisam retornar à pequena Oriental para velório de Tuck.

Tuck exigiu por meio de um advogado que os dois estivessem presentes na abertura de seu testamento e é através das cartas deixadas por Tuck que Dawson e Amanda começam a perceber o quanto perderam nesses últimos 25 anos separados.

A complicação desse livro, além do fato de Amanda ser casada e ter quatro filhos, é que a família Cole continua a mesma e Dawson, antes de ser preso, irritou alguns primos que ainda têm sede de vingança e farão de tudo para pegar Dawson de jeito e no meio disso, o casal precisa aparar algumas arestas que ainda machucam. 

Esse é mais um livro do Sparks que apresenta personagens mais maduros, com mais de 40 anos de idade (como em "O Casamento", que realmente não me preocupei em fazer uma resenha porque achei o livro muito ruim, apesar das notas boas no Skoob!). Por esse motivo, o livro abusa dos flashbacks, ficando cansativo às vezes.

O que me deixou desmotivada não foi a idade dos protagonistas, nem os flashbacks, mas a sensação de que esse livro é pouco mais do mesmo: a personagem principal é uma mulher insegura, apesar de vivida, e Dawson é um homem disposto a tudo por amor.

Acho que a receita está começando a me cansar!

E o que falar dessas capas? Assim como as histórias, as capas seguem uma fórmula, como se fossem capas de livros em série: colocam um casal acima do título e embaixo do título colocam outro casal (que não necessariamente é igual ao de cima) olhando para uma paisagem bonita no horizonte. Já deu, né, gente? Um pouco mais de criatividade, por favor!

Mas como foi dito lá em cima, eu gosto de autoflagelação, então engatei a leitura de "O Guardião" e conto para vocês o que achei no mês que vem!