Nossa avaliação - 8.0 |
Chegou a hora
que encerramos mais uma trilogia de sucesso! É a vez de “Convergente”, último
livro da série futurista-apocalíptica de Veronica Roth, publicado recentemente
pela editora Rocco. Se você não se lembra dos livros anteriores, confira a
resenha de “Divergente”
e de “Insurgente”
antes de ler este post.
Após os eventos
reveladores do final de “Insurgente” é chegada a hora de se tomar uma decisão:
viver sob o domínio de um poder absoluto, agora sob o comando de Evelyn (mãe de
Tobias/Quatro) que decidiu abolir as facções, ou descobrir o que há além da
cerca, após as revelações do vídeo de Edith Prior.
As pessoas estão
divididas, mas definitivamente não houve grandes mudanças ao se trocar Jeanine
por Evelyn; com ou sem facções não será através de um poder ditatorial que os
habitantes desta ‘nova’ Chicago encontrarão a paz; assim, surge um novo grupo
intitulado Leais que se opõe ao governo de Evelyn e quer trazer as facções de
volta.
É neste cenário que Tris e seus amigos decidem ajudar as Leais, buscando a verdade sobre o que há além da cerca, encontrando respostas para muitas perguntas não respondidas como o porquê das facções terem sido criadas e porque do isolamento de Chicago.
É neste cenário que Tris e seus amigos decidem ajudar as Leais, buscando a verdade sobre o que há além da cerca, encontrando respostas para muitas perguntas não respondidas como o porquê das facções terem sido criadas e porque do isolamento de Chicago.
“Convergente”
conseguiu surpreender positiva e negativamente. Para começar o ritmo muda
consideravelmente a partir do momento que o grupo de Tris decide atravessar a
cerca: o ritmo acelerado com muitas reviravoltas e confrontos físicos é deixado
de lado, dando lugar a inúmeras cenas com diálogos, alguns supérfluos.
Já a explicação
da autora para a criação das facções fez todo o sentido; descobrimos que nada
daquilo que pensávamos no primeiro livro é realmente a verdadeira justificativa
para a criação desta sociedade distópica.
Entretanto, algo
se perdeu na história e alguns fatos foram tão inverossímeis que contribuíram
para isso; por exemplo, o grupo de Tris chega e é inserido sem mais nem menos
em uma nova sociedade, sem questionamentos, podendo transitar com livre acesso
e sem assumir nenhum tipo de função, apenas aproveitando sua temporada no local.
Para mim não faz sentido.
O mesmo se dá
com o comportamento de Tobias, que também deixou a desejar, pois ele foge
completamente daquele cara centrado, que conseguia pensar analiticamente, ao
agir de forma tão inconsequente quando descobre a verdade sobre as facções e os
divergentes, juntando-se ao grupo de GD’s para tomar o complexo. Simplesmente
era outro personagem, não era o Tobias que conhecemos, sem contar que esse
momento especifico no livro poderia ser retirado, não contribuindo para nada na
história.
Enquanto o
relacionamento de Tris/Tobias perdeu o tempero, este foi contrabalanceado pelo
drama Tris/Caleb. Mesmo após a traição do irmão, Tris não consegue
perdoá-lo, mas também não consegue deixar de amá-lo. Talvez este seja um dos
pontos altos do livro, assim como o desfecho de seus personagens, apesar de
inesperado, bastante verossímil com o que já conhecemos de cada um deles,
principalmente de Tris. Surpreendente, mas 100% condizente com a trama.
Sobre a sua estrutura narrativa, foi interessante a autora
ter escolhido alterar a narração entre Tris e Tobias, apesar de pessoalmente
acreditar que o livro seria mais rico e talvez até permanecesse o mesmo
ritmo dos livros anteriores se apenas Tris narrasse.
Quanto ao título,
não achei a escolha ruim, pelo contrário fez sentindo já os personagens estão convergindo
para um ponto em comum, mas acho que Allengiat
(título original, que significa fiel, leal) passa mais a ideia de ser leal às
suas convicções e aos seus ideais.
Não se pode
negar que o trabalho de Roth foi excepcional, com algumas falhas talvez, mas
ainda sim de uma riqueza e imaginação sem igual. Tão original quanto “Jogos
Vorazes” e “Harry Potter”. Está aí mais uma série que deu certo. Que venha a
próxima!
E para encerrar,
não esqueçam que a adaptação de “Divergente” chega às telinhas no próximo dia
21 de março! Confiram o trailer abaixo:
Louca pra ler!!!
ResponderExcluirDepois quero saber a sua opinião! #curiosa
Excluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Morrendo de vontade ler e com medo tbm HAHAHA
ResponderExcluir