Não faz muito
tempo que resenhei o primeiro livro que traz o carismático serial killer
Dexter, em “Dexter – a mão esquerda de Deus”, e, não estava nos meus planos,
mas a oportunidade surgiu e engatei logo no segundo volume, intitulado “Querido
e Devotado Dexter”, também publicado pela Editora Planeta.
Nossa avaliação - 8.0 |
Na continuação
encontramos o mesmo Dexter simpático com os amigos, amoroso namorado e irmão
dedicado de antes; nada mudou, nem mesmo o seu companheiro sombrio de todas as
horas saiu de cena. E é quando a lua cheia está alta no céu que o Passageiro
Sombrio se apossa de Dexter e clama por sangue.
Como sempre o
livro já começa com uma visitinha do Passageiro, já esgueirando pelos cantos em
busca de mais uma presa. Lembrando que não é qualquer presa que nosso predador
está à caça: é preciso ter um tempero para abrir o apetite desse predador, e o
tempero é o sabor do sangue e da própria morte. Graças a seu pai adotivo,
Harry, Dexter só caça aqueles que já mataram; nunca colocando sobre sua mesa
pessoas inocentes apenas pelo prazer de matar.
Mas agora Dexter
se sente compelido a abrir uma exceção: seu colega de trabalho, o Sargento
Doakes, começa a desconfiar dele, seguindo-o a onde quer que ele vá, o que
impossibilita o nosso Passageiro de continuar caçando e é nessa hora que o
fantasma da tentação começa a sussurrar em seus ouvidos: por que não Doakes?
Porque ele não se enquadra na regra, ele não é um bandido, mesmo sendo uma
pedra no sapato.
A solução surge
quando inesperadamente um crime horrendo ocorre em Miami e Dexter e seus amigos
policiais são chamados à cena do crime. Lá encontram uma atrocidade e assim
começa a buscar para encontrar o monstro que perpetrou este crime. É aí que
Dexter se sente mais uma vez atraído por outro ser humano que realiza um
trabalho tão fascinante e brutal quando o dele, principalmente quando o
trabalho é limpo, isto é, sem deixar vestígio de sangue. Dexter sente que este
crime mexeu de alguma forma com Doakes. Será que este louco poderá livrar
Dexter da pedra no sapato sem precisar quebrar as regras criadas por Harry? Sem
sujar as próprias mãos?
Como o primeiro
livro, a leitura é ágil e envolvente e em muitos momentos me peguei rindo das
tiradas irônicas do protagonista, lembrando-me um pouco dos reis do sarcasmo,
Myron e Win (resenhas sobre essa dupla é que não falta, confiram aqui). Mas a
diversão para por aí.
Particularmente,
achei este livro um pouco mais violento do que o anterior, mas nada que cause
grande incomodo, apenas, dependendo do estômago do leitor, um pequeno desconforto;
e agradeço por tudo o que li ser apenas ficção, pois a realidade seria dura de
engolir.
No mais, um
livrinho para distrair, depois de uma leitura mais hard. Agora é preparar o
estômago para o próximo da lista: “Dexter no Escuro”.
Tenho que tentar terminar essa série, mas como já mencionei, eu prefiro o dexter da série de tv do dos livros... infelizmente. Mas eu ler.
ResponderExcluirA sua resenha tá ótima!! bjs