quarta-feira, 19 de março de 2014

Dexter volta à caça (Carla Cristina Ferreira)


Não faz muito tempo que resenhei o primeiro livro que traz o carismático serial killer Dexter, em “Dexter – a mão esquerda de Deus”, e, não estava nos meus planos, mas a oportunidade surgiu e engatei logo no segundo volume, intitulado “Querido e Devotado Dexter”, também publicado pela Editora Planeta.

Nossa avaliação - 8.0
Na continuação encontramos o mesmo Dexter simpático com os amigos, amoroso namorado e irmão dedicado de antes; nada mudou, nem mesmo o seu companheiro sombrio de todas as horas saiu de cena. E é quando a lua cheia está alta no céu que o Passageiro Sombrio se apossa de Dexter e clama por sangue.

Como sempre o livro já começa com uma visitinha do Passageiro, já esgueirando pelos cantos em busca de mais uma presa. Lembrando que não é qualquer presa que nosso predador está à caça: é preciso ter um tempero para abrir o apetite desse predador, e o tempero é o sabor do sangue e da própria morte. Graças a seu pai adotivo, Harry, Dexter só caça aqueles que já mataram; nunca colocando sobre sua mesa pessoas inocentes apenas pelo prazer de matar.

Mas agora Dexter se sente compelido a abrir uma exceção: seu colega de trabalho, o Sargento Doakes, começa a desconfiar dele, seguindo-o a onde quer que ele vá, o que impossibilita o nosso Passageiro de continuar caçando e é nessa hora que o fantasma da tentação começa a sussurrar em seus ouvidos: por que não Doakes? Porque ele não se enquadra na regra, ele não é um bandido, mesmo sendo uma pedra no sapato.

A solução surge quando inesperadamente um crime horrendo ocorre em Miami e Dexter e seus amigos policiais são chamados à cena do crime. Lá encontram uma atrocidade e assim começa a buscar para encontrar o monstro que perpetrou este crime. É aí que Dexter se sente mais uma vez atraído por outro ser humano que realiza um trabalho tão fascinante e brutal quando o dele, principalmente quando o trabalho é limpo, isto é, sem deixar vestígio de sangue. Dexter sente que este crime mexeu de alguma forma com Doakes. Será que este louco poderá livrar Dexter da pedra no sapato sem precisar quebrar as regras criadas por Harry? Sem sujar as próprias mãos?

Como o primeiro livro, a leitura é ágil e envolvente e em muitos momentos me peguei rindo das tiradas irônicas do protagonista, lembrando-me um pouco dos reis do sarcasmo, Myron e Win (resenhas sobre essa dupla é que não falta, confiram aqui). Mas a diversão para por aí.

Particularmente, achei este livro um pouco mais violento do que o anterior, mas nada que cause grande incomodo, apenas, dependendo do estômago do leitor, um pequeno desconforto; e agradeço por tudo o que li ser apenas ficção, pois a realidade seria dura de engolir.


No mais, um livrinho para distrair, depois de uma leitura mais hard. Agora é preparar o estômago para o próximo da lista: “Dexter no Escuro”.


Um comentário:

  1. Tenho que tentar terminar essa série, mas como já mencionei, eu prefiro o dexter da série de tv do dos livros... infelizmente. Mas eu ler.
    A sua resenha tá ótima!! bjs

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