sexta-feira, 18 de abril de 2014

Suspense e emoção andando de mãos dadas (Renata Lima)


Mais um livro lido para o Desafio das Estrelas e para o Desafio do Facebook!

Eu realmente gostaria de dizer que "Dias de Chuva e Tempestade" me atraiu pela capa, mas não é esse o caso. Assim como outras capas da Arqueiro, eu tinha a impressão de que esse livro era um romance ou um livro de autoajuda, mas me enganei redondamente. É um suspense interessante, surpreendente e muito esclarecedor sobre a capacidade humana de prejulgar a pessoa por seus atos anteriores.

Esse foi um dos primeiros livros que comprei em e-book, mas por algum motivo (talvez por causa da capa) ele foi descendo e descendo até sumir completamente da minha lista de leitura, sendo retomado apenas por causa da temática suspense/policial escrito por mulher do Desafio das Estrelas, confesso, e porque uma das meninas de lá, a Laura Levada, disse que leu e achou o livro muito bom!

Nossa Avaliação - 8.5
Com uma narrativa bastante envolvente, Nancy Pickard narra praticamente duas histórias em paralelo, uma no passado e uma no presente, que envolvem o mesmo assunto com os mesmos personagens: o assassinado de Hugh-Jay Linder e o desaparecimento e possível sequestro e morte de sua esposa. O acusado é um jovem delinquente e problemático chamado Bill Crosby que trabalhava na fazenda da família de Hugh-Jay e morava próximo à sua casa na cidade.

O livro começa no ano de 2009 quando Jody Linder, a filha de Hugh-Jay, já adulta, recebe de seus tios Chase, Bobby e Meryl a notícia de que o assassino de seu pai será solto da prisão depois de 23 anos e pretende voltar para a pequena cidade de Rose, no Kansas. Conhecemos um pouco da vida atual dos membros da família Linder, assim como dos membros da família Crosby e só então somos levados ao passado para entender como todos chegaram até ali, naquele momento que vai se tornar um momento decisivo na vida de Jody, quando ela tem que abandonar sua vida na cidade para voltar a morar com os avós na fazenda.

Voltamos então ao ano de 1986 e descobrimos os acontecimentos ocorridos dias antes do assassinato: a ira de Billy contra uma vaca da fazenda que pareceu o estopim de todo um evento em cadeia que culminou na morte do filho do fazendeiro, no desaparecimento de sua nora rica e mimada, no orfanato de Jody, na prisão de Billy e na ojeriza de quase toda a cidade à esposa e filho do assassino que nunca admitiu o crime, Valentine e Collin.

Se inicialmente o livro parece um pouco com uma imagem fora de foco, aos poucos ele vai ganhando forma e contorno em uma narrativa em terceira pessoa que revela segredos sujos, flertes entre parentes, manipulação de poder e amores impossíveis, contrabalanceando os 50% iniciais no passado e os 50% finais no tempo presente (no caso do livro, 2009).

Ao descobrir que Collin, o filho do assassino, foi quem ajudou a libertá-lo da cadeia, alegando que as evidências foram manipuladas por influência da família Linder, o mesmo Collin que a atraia quando criança por ter levado uma infância solitária e triste, Jody decide ir à fundo na história e investigar não só por que Collin ajudou a soltar o pai, mas também o que o assassino fez com sua mãe ou com os restos mortais dela. E como toda boa história começa com uma centelha de desconfiança às ideias preconcebidas, Jody vai descobrir que questionar o passado pode nem sempre ser muito recomendado, mas nesse caso é mais que no intuito de esclarecer um crime, é no intuito de se libertar e se permitir! 

Confesso que me surpreendi com o final, apesar de saber que seria algo naquela linha, mas nunca poderia imaginar o que exatamente aconteceu no dia da morte de Hugh-Jay e como tudo seria esclarecido. Aplausos para a autora, porque surpreender hoje em dia é difícil! Só achei a resolução um pouco brusca, rápida, e talvez por isso tenha dado 8.5 e não nota 9.0 para o livro

Editorialmente falando, eu já disse que não gostei muito da capa, mas não tenho o que reclamar da tradução e da revisão, que estão muito bem feitas! Ponto para a Arqueiro!

Abaixo seguem algumas capas que achei bem mais legais do que essa!



4 comentários:

  1. Adorei a resenha e já estou com o livro em mãos para ser lido. Com relação as capas da Arqueiro, eu tbm acho que as vezes a propria editora prejudica o livro, quase todas as capas da Arqueiro são feiosinhas.
    Adorei sua resenha bjs

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    1. Pois é, amiga, algumas capas da Arqueiro deixam muuuuito a desejar!
      Mas já é a terceira ou quarta vez que eu leio esses livros com capas horríveis e me surpreendo com histórias incríveis. Tô aprendendo a não julgar o livro pela capa!!!
      Beijos

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  2. Se julgar o livro pela capa for pecado, eu to lascada, faço isso sempre kkkkkkkkk

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    1. Eu tb fazia... mas agora sou mais cuidadosa com isso!
      Bjs

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