segunda-feira, 15 de setembro de 2014

O começo do fim (Renata Lima)

Oi, gente,

Segue a resenha do primeiro livro para o Desafio do Skoob desse mês (Tema: Séries). O segundo é "Apocalipse Z" do Manel Loureiro cuja resenha fechará o mês de setembro!
"A maioria das pessoas pensa que o mais assustador é saber que vai morrer. Não é. É saber que você pode ter que assistir a todo mundo que você já amou ou mesmo apenas gostou definhar e não poder fazer nada."
Nossa Avaliação - 8.0
Kaelyn é uma jovem normal enfrentando um ano letivo complicado. Ela saiu da ilha em que morava, foi para Toronto com a família por cinco anos e teve que voltar para a mesma ilha para terminar o Ensino Médio, mas com uma diferença: ela não tem mais seu melhor amigo, o coreano Leo, que se mudou da ilha para estudar dança em Nova York.

Enfrentando um certo preconceito por não ser tão branca quanto os moradores da ilha e preocupada em se ajustar, buscando ser mais extrovertida, Kaelyn faz amizade com Rachel, com quem tem que fazer um trabalho, e tenta se aproximar de Tessa, a namorada de Leo que também ficou na ilha.

Os dias passam e uma gripe começa a se espalhar pela ilha, vitimando Rachel e obrigando Kae a ficar em casa, isolada com a família: o pai, um cientista que passa a ajudar no controle da doença, a mãe, que trabalha em plantões na loja de conveniência de um posto de gasolina e o irmão Drew, que tem uma relação conturbada com o pai desde que revelou que era homossexual.

Logo a doença vai evoluindo e fazendo as primeiras vítimas, os hospitais ficam lotados, a Organização Mundial da Saúde impõe uma quarentena, não há mais escapatória. E, claro, a partir dessa quarentena uma série de eventos é desencadeada e a sociedade como a conhecemos é colocada em risco quando grupos começam a saquear tudo que encontram pela frente na tentativa de sobreviver.

Kae conhece então Gav e junto com ele, Tessa e Meredith, sua prima de sete anos, eles precisam sobreviver à gripe, aos malfeitores, à quarentena e às limitações impostas (como a falta de informações de fora da ilha, a escassez de suprimentos, de luz e de água potável).

Narrando através de cartas, cartas essas que Kae escreve para Leo em seu caderno, sem nunca ter a certeza de que um dia ele virá a recebê-las, a autora canadense Megan Crewe nos conduz muito lentamente por um caminho sem volta e creio que essa tenha sido mesmo a intenção desse primeiro livro. Tudo estava normal, até não estar mais, e a cada dia piora.

A narrativa flui bem, o livro é interessante, a história prende. A Intrínseca optou por manter as aspas na hora dos diálogos, evitando os travessões, e nem senti estranheza nisso. Fiquei um pouco na dúvida na hora de caracterizá-lo, porque é um YA misturado com ficção científica e distopia, mas não faz muita diferença no fim das contas!

A Intrínseca ainda não se pronunciou sobre a publicação dos próximos dois livros, mas imagino que saiam no ano que vem ou assim espero!



Nenhum comentário:

Postar um comentário