quarta-feira, 15 de outubro de 2014

A Rainha Santa (Carla Cristina Ferreira)


Nossa avaliação - 7.5
Em julho trouxe o primeiro livro da série A Guerra dos Primos, “A Rainha Branca” de Philippa Gregory; hoje trago o segundo volume “A Rainha Vermelha”, publicado também pela editora Record.

O diferencial neste segundo livro é que a história não começa de onde o livro anterior terminou; na verdade ele começa alguns anos antes e aos poucos sua trama vai se intercalando com os acontecimentos de “A Rainha Branca”, mas por outro ponto de vista... Agora nossa protagonista é Margareth Beaufort, uma menina que sonha em se tornar santa, que almeja se juntar ao convento e passar seus dias jejuando e orando, mas que ao mesmo tempo acredita que possui um destino tão especial quanto o da jovem Joana D’Arc.

Como prima do rei, seus sonhos são interrompidos quando chega a hora de se casar e dar um herdeiro a Casa de Lancaster, já que até o momento o rei Henrique VI e a rainha Margarida de Anjou ainda não possuem filhos.

Em seu primeiro casamento Margareth tanto concebe um filho, Henrique Tudor, que acredita possuir um grande destino, quanto perde seu marido. Determinada a colocar seu filho no trono da Inglaterra, Margareth dedicará sua vida e suas orações sem se preocupar com as consequências.

Ela presencia a dissolução do frágil reino dos Lancaster e se vê diante de uma nova casa governante, os York, que após muitas batalhas depõem o rei louco que é controlado pela rainha. Sendo seu filho o próximo na linha de sucesso dos Lancaster, este é enviado para o exílio e lá aguardará a sua hora de retorna à Inglaterra e reclamar o que é seu por direito.

Mesmo com a consolidação do poder dos York, o país vive em meio à guerra civil. Procurando tirar vantagem de cada movimento em falso dos seus inimigos, Margareth casa-se com Lord Stanley, seu terceiro marido, que possui a fama de sempre mudar de lado, ficando sempre do lado vencedor. Implacável, juntos se aliam para colocar o verdadeiro herdeiro no trono, chegando a prometer seu filho em casamento ao inimigo: a filha da rainha Elizabeth Woodvile, que acredita ser uma bruxa de pacto com o diabo.
Vale tudo para alcançar seu sagrado destino de se tornar mãe do rei: conspirar, trair, assassinar... Afinal, apesar de santa e próxima a Deus, ela é um mulher que ‘sozinha’, com seu orgulho e sua ambição pelo poder acredita que mudará o curso da história, assim como Joana D’Arc.

Neste segundo volume, encontramos outra mulher determinada a atingir seu objetivo, nos narrando as acontecimentos a medida que os fatos vão ocorrendo, mas assim como em “A Rainha Branca”, há momentos que ações são narradas longe do ponto de vista de Margareth.  O que é um pouco chato, já que o leitor se acostuma com um narrador que é testemunha ocular dos acontecimentos.

Em comparação com o primeiro livro, este tem um desenrolar um pouco devagar, talvez pela natureza santa da protagonista que faz questão de frisar a todo o momento que jejua, ora e está próxima a Deus. Apesar de se considerar santa e sem pecado, fica claro a sua cobiça por poder e sua inveja pela rainha Elizabeth.


Agora é encarrar o livro três, “A Senhora das Águas”. Aguardem!


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