Nossa avaliação - 7.5 |
Em julho trouxe
o primeiro livro da série A Guerra dos
Primos, “A
Rainha Branca” de Philippa Gregory; hoje trago o segundo volume “A Rainha
Vermelha”, publicado também pela editora Record.
O diferencial
neste segundo livro é que a história não começa de onde o livro anterior
terminou; na verdade ele começa alguns anos antes e aos poucos sua trama vai se
intercalando com os acontecimentos de “A Rainha Branca”, mas por outro ponto de
vista... Agora nossa protagonista é Margareth Beaufort, uma menina que sonha em
se tornar santa, que almeja se juntar ao convento e passar seus dias jejuando e
orando, mas que ao mesmo tempo acredita que possui um destino tão especial
quanto o da jovem Joana D’Arc.
Como prima do
rei, seus sonhos são interrompidos quando chega a hora de se casar e dar um
herdeiro a Casa de Lancaster, já que até o momento o rei Henrique VI e a rainha
Margarida de Anjou ainda não possuem filhos.
Em seu primeiro
casamento Margareth tanto concebe um filho, Henrique Tudor, que acredita possuir
um grande destino, quanto perde seu marido. Determinada a colocar seu filho no
trono da Inglaterra, Margareth dedicará sua vida e suas orações sem se
preocupar com as consequências.
Ela presencia a
dissolução do frágil reino dos Lancaster e se vê diante de uma nova casa
governante, os York, que após muitas batalhas depõem o rei louco que é
controlado pela rainha. Sendo seu filho o próximo na linha de sucesso dos
Lancaster, este é enviado para o exílio e lá aguardará a sua hora de retorna à
Inglaterra e reclamar o que é seu por direito.
Mesmo com a
consolidação do poder dos York, o país vive em meio à guerra civil. Procurando
tirar vantagem de cada movimento em falso dos seus inimigos, Margareth casa-se
com Lord Stanley, seu terceiro marido, que possui a fama de sempre mudar de
lado, ficando sempre do lado vencedor. Implacável, juntos se aliam para colocar
o verdadeiro herdeiro no trono, chegando a prometer seu filho em casamento ao
inimigo: a filha da rainha Elizabeth Woodvile, que acredita ser uma bruxa de
pacto com o diabo.
Vale tudo para
alcançar seu sagrado destino de se tornar mãe do rei: conspirar, trair,
assassinar... Afinal, apesar de santa e próxima a Deus, ela é um mulher que ‘sozinha’,
com seu orgulho e sua ambição pelo poder acredita que mudará o curso da
história, assim como Joana D’Arc.
Neste segundo
volume, encontramos outra mulher determinada a atingir seu objetivo, nos
narrando as acontecimentos a medida que os fatos vão ocorrendo, mas assim como
em “A Rainha Branca”, há momentos que ações são narradas longe do ponto de
vista de Margareth. O que é um pouco
chato, já que o leitor se acostuma com um narrador que é testemunha ocular dos
acontecimentos.
Em comparação
com o primeiro livro, este tem um desenrolar um pouco devagar, talvez pela
natureza santa da protagonista que faz questão de frisar a todo o momento que jejua,
ora e está próxima a Deus. Apesar de se considerar santa e sem pecado, fica
claro a sua cobiça por poder e sua inveja pela rainha Elizabeth.
Agora é encarrar
o livro três, “A Senhora das Águas”. Aguardem!
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