Nossa avaliação - 7.5 |
Escolhi para o
desafio do skoob deste mês (tema fantasia) um livro que já estava há algum
tempo na minha estante: “Em Busca de WondLa”, de Tony DiTerlizzi, publicado
pela Intrínseca.
Trata-se de uma
trilogia que tem como protagonista a pequena Eva Nove, uma menina que foi
criada em uma instalação subterrânea por uma robô chamada Mater, a quem
considera como mãe. A missão de Mater é educar, proteger e preparar Eva para o
que a aguarda na superfície.
Dividido em
quatro partes, aos poucos vamos descobrindo um mundo de holoprogramas, casacoletes
e botatênis, até que a menina nos apresenta o seu tesouro mais precioso, o
único item que foi deixado ali por outro ser humano: um objeto de material
desconhecido que traz a imagem não muito nítida de uma menina, um adulto e um
robô de mãos dadas e poucas letras legíveis: parcialmente a palavra Wond
e as letras L e a, assim ela passou a chamar este
objeto de WondLa.
Incessantemente,
Eva tenta convencer Mater a deixá-la explorar a superfície até que um grande
estrondo a obriga a deixar todo o seu pequeno mundo para trás, pois alguém
estava invadindo seu Santuário.
Assim, Eva se vê
finalmente onde sempre quis estar, tendo a chance de explorar a superfície e
principalmente de encontrar outro ser humano; o problema é que nenhuma das
simulações de holopragamas a preparou para o que estava por vir. Sua sorte foi
encontrar Andrílio, um ser estranho e solitário que ajuda a guiá-la por este
mundo desconhecido.
Não fica muito
claro neste primeiro livro qual o motivo de Eva e Mater viverem no subterrâneo
sozinhas e nem porque é tão importante que Eva esteja apta para sobreviver na
superfície. Estas são algumas das muitas perguntas que ficam sem resposta ao
longo do livro.
Porém, é interessante
ver que o autor conseguiu criar um mundo fantástico no qual uma menina de 12
anos consegue superar tantos desafios sem poderes mágicos, contando apenas com
a tecnologia, o Onipod, e seus inusitados amigos. Juntos, em um constante
aprendizado, eles se “reprogramam” para sobreviverem a tantas reviravoltas e
adversidades.
Contudo, é
através das ilustrações de DiTerlizzi que podemos imaginar com detalhes
precisos a mistura que ele nos pinta entre
dois mundos: um futurístico e um alienígena, enriquecendo ainda mais a sua
obra.
Mas o que afinal
é WondLa? Esta pergunta só é desvendada nas últimas páginas do livro, mas basta
dizer que é algo que conforta Eva; a simples ideia de que existe outro ser
igual a ela, de que não está sozinha apesar de ser diferente de todos... Que
ainda assim possui amigos.
A única coisa
que incomoda um pouco é a extrema polidez dos personagens não apenas entre o
trio Eva-Mater-Andrílio, mas inclusive entre Eva e o Onipod (que não deixa de
ser um computador de mão). Sem contar que em muitas situações perigosas, os
personagens continuam calmos, sem explosões de temperamento, angústia ou medo.
Ainda assim, uma
série promissora; que venha o segundo volume “Um herói para WondLa”!
Abaixo, algumas ilustrações do livro.
Eva e Andrílio |
A robô Mater; Eva e Andrílio montados em Otto |
A sonhadora Eva Nove |
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