quarta-feira, 25 de março de 2015

Nunca julgue um livro pela capa... (Lucyclenia)



Nossa Avaliação - 100
"A Seleção" é o primeiro livro da trilogia homônima escrito por Kiera Cass. A história se passa em Illéia, onde costumavam ser os Estados Unidos, agora um país dividido em oito castas, onde uma pessoa da casta oito é a que tem uma vida mais sofrida em relação às outras castas e as da casta um fazem parte da família real. 

America Singer, uma ruiva rebelde de 16 anos, é uma garota da quinta casta que vive com a família de uma forma simples e humilde. Eles têm que lidar todos os dias com a falta de comida. Todos eles são artistas, sendo ela uma incrível musicista, e trabalham para as castas mais ricas, se apresentando em festas de casamento e aniversário. Desde que seus dois irmãos mais velhos saíram de casa ela assumiu total responsabilidade como a irmã mais velha da casa em ajudar seus pais a conseguir o sustento da família. 

De todos ela esconde um segredo: ela é apaixonada por Aspen, um rapaz da sexta casta, e, por ele ser de uma casta inferior, o namoro de dois anos entre eles é às escondidas. Ela acredita que juntos ele podem enfrentar de tudo para fazer esse amor dar certo, mas Aspen acha que nunca poderá dar uma vida digna à sua amada e termina o relacionamento.

Nesse meio tempo, o príncipe Maxon acaba de atingir a maioridade e deverá se casar. Certo dia, America, assim como todas as garotas em idade apropriada, recebem um convite para se escreverem na Seleção: 35 garotas de todo o país serão selecionadas para viver no palácio por um tempo, enquanto o príncipe escolhe qual delas será sua princesa. Tudo isso televisionado e exibido à nação em tempo real.

Preocupada com o sustento da família, América acaba se inscrevendo, ainda que seu coração pertença a Aspen. No fundo, ela não tem esperanças de se tornar princesa. Porém, como sempre, o destino interfere e adivinha o que acontece?

Assim como acontece com todos os livros que leio, não li nada a respeito deste antes de começar a leitura. Achei totalmente viciante e na mesma hora em que terminei de ler a última página já peguei o conto que vem logo depois do livro para continuar dar continuidade à série. Li ambos em apenas um domingo, só pra vocês terem noção. 

O que é o príncipe Maxon, gente? Que homem perfeito, exatamente tudo o que uma princesa iria querer. Eu ria, ficava triste e queria certas vezes bater em um ou dois personagens por sua teimosia, como por exemplo na Celeste, rival da America. Outra personagem que me conquistou desde a primeira página foi a América, sabendo demonstrar a sua coragem e seu lado extrovertido e engraçado.
Eu não vou lutar. Meu plano é aproveitar a comida até me expulsarem.
É um livro bem leve, com personagens simples e uma história sem muitas novidades, mas é impossível não se envolver. Cada um dos personagens deixa transparecer o seu jeito de ser, o seu EU interior e isso é tão explicito que o leitor acaba torcendo por todos e não sabe se fica triste por um ou feliz pelo outro. 

Por que coloquei esse titulo no post? Nós leitores costumamos escolher o livro pela capa, alguém ao se deparar com esta belíssima capa pode até imaginar "Ah! É um daqueles contos de fadas tipo Cinderela". Pois bem, você está muito enganado. Este livro te prende do inicio ao fim, você não consegue parar de ler e quando terminar, pode ter certeza, você irá querer como vai terminar está história.

Super, super, super indico.

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Acima, falamos do livro "A Seleção" e agora falaremos do conto "O Príncipe", que tem início nos dias antecedentes à Seleção das 35 garotas que entrarão na luta para conquistar não só o coração do príncipe, como também a coroa real. O texto abaixo PODE CONTER SPOILERS!

Nossa Avaliação - 100
Escrito sob o ponto de vista do Príncipe Maxon, esse conto mostra como ele está despreparado e inseguro quanto à decisão que tem que tomar. Antes de 35 garotas serem escolhidas para participar da Seleção, Maxon já rondava de um lado para o outro, sem saber como agir: as exigências do pai, os conselhos da mãe, tudo o deixava ainda mais nervoso. Escolher a futura esposa e ainda por cima em um programa transmitido pela TV, não seria uma tarefa fácil e ele tinha plena consciência disso. Ele está com os nervos à flor da pele, mas deve ser forte, seguro e manter suas dúvidas trancadas a sete chaves em seu coração.

Em meio a tantos fatores de estresse, ele ainda tem que lidar com a festa organizada para comemorar seu aniversário de 19 anos. Neste grandioso evento ele reencontra Daphne, princesa-herdeira da França e é então que descobre que a moça morre de amores por ele e está desconsolada por descobrir que não tem mais chance nenhuma com ele. 

Nos deparamos então com uma grande revelação: a Seleção não é aleatória como somos levados a acreditar no primeiro livro, sendo, portanto, o pai de Maxon, rei de Illéia, quem seleciona as garotas que acha que têm mais chances, incluindo algumas outras de castas inferiores para que ninguém desconfie. É por este motivo que America é escolhida.

Maxon, por sua vez, não sabe de nada e no dia seguinte precisa conhecer as selecionadas, mas America causa confusão com os guardas, o que faz com que Maxon desça para verificar o que está acontecendo. Assustado com a sinceridade e raiva que ela deixa transparecer, Maxon se encanta por ela e por sua beleza estonteante.
Ela não pareceu notar minha aproximação, então esperei ali por uns momentos até que ela levantasse o olhar. Depois de um tempo, comecei a me sentir constrangido. Imaginando que ela ao menos gostaria de me agradecer, tomei a palavra:
- Está tudo bem, minha querida?
- Eu não sou sua querida – ela replicou, lançando um olhar de raiva.
Se o pai de Maxon soubesse que America é totalmente rebelde e que a falta de interesse em ser selecionada é justamente o que chama a atenção de Maxon para ela, ele não a teria escolhido para ser uma das 35, com certeza! 

Neste conto, temos a oportunidade de conhecer melhor a Rainha que aparentemente demonstra ser bastante protetora com relação ao único filho. Fica bem claro que a educação e o respeito do príncipe foram herdados dela, já o Rei, pelo contrário, só se interessa pelas questões políticas do país ou pelas necessidades e questionamentos do filho, que está a se perguntar: "E se eu não conseguir amar nenhuma delas? E se eu me apaixonar por todas e não conseguir escolher apenas uma?"

Adorei o conto. Fiquei ainda mais apaixonada pelo Maxon. Adorei ver os acontecimentos sob seu ponto de vista.

Sugiro que você leia "O Príncipe" logo depois de "A Seleção", ao meu ver as informações se completam já que o primeiro livro é narrado pela America e o conto por Maxon.

Em breve voltaremos com a resenha do próximo livro da série: "A Elite".

Beijos.

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